sexta-feira, 29 de maio de 2009

Geeeente! Alma Gêmea não existe, mas, viva l’amour

Meu mundo caiu e eu não esperava por isso. Outro dia li num livro super sério que alma gêmea não existe e muito menos a outra metade da laranja, a outra parte, a tampa da panela, o sapato velho para aquecer os pés e tantas outras designações para se definir a encontro amoroso entre duas pessoas.

Pensei: “Geeente!! Passei 40 anos da minha vida procurando minha alma gêmea, sofrendo por não ter encontrado alguém que partilhasse comigo esta passagem por aqui e, no entanto, não existe?” Mas, olha só que bacana! Não fiquei triste, muito pelo contrário, foi a resposta que eu precisava para eliminar esta angústia que me persegue há tanto tempo, pois a maior parte da minha vida passei sozinha. Sempre com a família, com muitos amigos, mas quase sempre só em se tratando de relacionamentos a dois.

Enquanto todos estavam curtindo, namorando, ficando, eu estava com o meu amigo Zeca, isso até ele se casar, mas, depois vieram outros amigos, outras amizades e assim a gente vai levando a vida. O período que mais namorei foi na adolescência. Por sinal era bem namoradeira, sempre tinha companhia nos bailes da vida, para ir ao cinema, ao shopping, nas festas juninas, andar de bike, namorar no parque, aquela coisa simples e gostosa e até porque não dizer, ingênua. Apenas mãos dadas, abraços e muito beijo na boca.

Enquanto a Dulce estava com o Marcos e a Ana com o Tutti, eu estava com o Bilo, o Denílson, o Paschoal, o Rubinho, o Álvaro (Uruguaio), o Mauro, o Pezão e o Poeta. Sempre passeava com minhas amigas de infância, elas com seus namoros duradouros, e eu, com os meus passageiros. E é claro, um de cada vez, pois os meus namoros não duravam muito tempo e por isso a grande rotatividade. Só o Mauro durou um pouquinho mais. Nesta época era bastante inquieta e não tinha muita paciência com eles.

Depois deste período tão bom, passei por uma fase estranha e aí começou o meu tormento. Comecei a cismar com alguns dos antigos namorados e ficava anos e anos, ou tentando reconquistar, ou tentando esquecer. E nessas fases, não me permitia conhecer outras pessoas. Até que chegou uma hora e resolvi me permitir novamente, deste dia em diante outras confusões começaram na minha vida.

Muitas dessas confusões foram ótimas, rolaram alguns relacionamentos bem legais e que mudaram para sempre a minha vida. Uma delas foi, até o momento, o grande amor da minha vida, o que sempre considerei minha alma gêmea pelas afinidades que tínhamos e por gostar tanto de ficar ao seu lado. E nesta, eu fiquei uns bons anos tentando voltar, mas, como já escrevi no texto “Reforma Íntima” foi algo tão puro e verdadeiro que só me fez progredir. Mas, como tudo na vida, depois de muito tempo, passou. Hoje, justamente por causa dessas afinidades, o que ficou foi o melhor da vida: uma amizade muita sincera, muita admiração e que só justificou todo este amor.

Nossa! Para variar escrevi muito antes de chegar ao assunto principal, ou seja, o tema no qual comecei este texto: a não existência da alma gêmea. É claro que existe o amor entre duas pessoas, os afetos puros e verdadeiros, só que, as pessoas se atraem ou apenas fisicamente, que são aquelas loucas paixões, que na maioria das vezes desencadeiam em relacionamentos doentios e com isso, as separações tão dolorosas. Ou se atraem por afinidades e isso, muitas vezes com uma missão determinada de seguir juntos na existência atual, fluindo o amor verdadeiro.

Essas afinidades podem aparecer não apenas com uma pessoa, mas com várias no decorrer da vida, algumas não darão certo porque não era para ser (esta frase é péssima quando ouvimos ao terminar um relacionamento, mas é o que é). A grande verdade é que as pessoas se reúnem por afinidades, tanto nos laços familiares, nos de amizade e nos relacionamentos a dois. Pois é muito difícil conviver com uma pessoa que pensa totalmente diferente que a gente, tanto nos conceitos intelectuais, como morais. Mas, muitas vezes essas pessoas passam pelas nossas vidas para testar nossa capacidade de amar, colocando em prova a nossa paciência e tolerância.

Sendo assim, os olhos podem mesmo brilhar, o coração disparar e as pernas podem ficar bambas quando nos deparamos nesta vida com alguém que já segue conosco há tanto tempo e que numa hora ou outra, surge na nossa frente. Portanto, se esta é a emoção do reencontro, porque não chamar esta pessoa de alma gêmea? Acho que podemos continuar denominando desta maneira para não perder a poesia.

Afinal o que seria de nós sem as canções que falam de amor, sem os livros e filmes românticos, sem os beijos de novela, sem as poesias. Não devemos deixar para lá este lado tão bacana da vida e nem deixar de achar o máximo a música do Nando Reis: “Com você meu mundo ficaria completo” porque com você meu mundo realmente ficaria completo.

Contudo, o importante é o equilíbrio, é fluir amor, construir junto, progredir junto, respeito mútuo. Sem angústia, sem dores, sem desespero, sem dependência, pois como chama um livro que li anos atrás, “Ninguém é de Ninguém”. Somos seres únicos e cada um tem a sua individualidade, o que não significa ser egoísta. Cada um tem seu nível de crescimento, seu entendimento para a evolução, sua particularidade e percepção para sentir as coisas da vida.

Então, viva l‘amour!!!

Quem sabe uma hora dessas, para quem está só como eu, aparece este alguém que provoca tantas sensações maravilhosas. Às Vezes aparece, mas, pode não acontecer nada porque as duas pessoas não se encontram na mesma sintonia. Não estão querendo, no momento, a mesma coisa.


Tenha fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez. (Raul Seixas)

E não há tempo que volte, amor! Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir. (Tempos Modernos – Lulu Santos)



Muita Paz, Música & Amor!
Fiquem com Deus!
Nana

2 comentários:

  1. É isso aí Nana!
    Tudo tem a hora certa, enquanto não aparece aquela pessoa especial, vá curtindo os amigos, a família... afinal qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar!!!
    Bj

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  2. lindoooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

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