sábado, 31 de outubro de 2009

Convivência - Mensagem de André Luiz - Psicografada por Chico Xavier - Livro: Respostas da Vida


A vida toda sempre demorei muito para dar o primeiro passo. No entanto, quando começo algo levo a sério e vou até o fim, principalmente depois dos trinta. Nos últimos dez anos, dificilmente deixo um curso, um tratamento, uma amizade, um amor no meio do caminho. Me tornei uma pessoa disciplinada, que chego a ser até chata e radical com as coisas que estabeleço para minha vida. E como não podia deixar de ser, continuo firme e forte frequentando há exatos seis meses a Federação Espírita do Estado de São Paulo, lá da rua Maria Paula, no centro da cidade.

Continuo na assistência espiritual, na minha reforma íntima e toda vez que vou até lá é sempre com muita vontade e muita alegria. As palestras continuam me emocionando e a cada dia sinto mais tranquilidade e percebo que estou mais serena, e melhor, sei que não estou mais sozinha em nenhum momento dos meus dias. Claro que pelo simples fato de estar por aqui, já me torna um ser humano cheio de defeitos, que erra, cai, levanta e que ainda tem muito que aprender. Ou seja, tenho que, principalmente, colacar em prática tudo que ando lendo, escutando e estudando. O caminho é longo, contínuo, e o que importa é que chegou a hora e não posso parar de forma alguma.

Na FEESP, em todas as assistências, recebemos um panfletinho com uma mensagem psicografada por Chico Xavier, alternando os ensinamentos de André Luiz, de Emmanuel e outras Entidades de Luz. Muitas dessas palavras, na maioria das vezes, parece que são ditas diretamente para nós, são as respostas para o que estamos sentindo no momento, aliviando nosso sofrimento, aflições e angústias.

Para dividir essas máximas com os amigos, irei selecionar algumas e postar aqui no blog. Hoje recebi uma mensagem que fala sobre um assunto que já li no Evangelho Segundo o Espiritismo, codificado por Allan Kardec, porém, a mensagem de André Luiz está com uma linguagem mais atual, de mais fácil compreensão. Aí vai:


CONVIVÊNCIA

A vida vem de Deus, a convivência vem de nós.
Aqueles companheiros que nos partilham a experiência do
cotidiano são os melhores que a Divina Sabedoria nos
concede, a favor de nós mesmos.

Se você encontra uma pessoa difícil em sua intimidade,
essa é a criatura exata que as leis da reencarnação lhe
trazem ao trabalho de burilamento (aperfeiçoamento) próprio.

As pessoas que nos compreendem são bênçãos que nos
alimentam o ânimo de trabalhar, entretanto, aquelas outras
que ainda não nos entendem são testes que a vida
igualmente nos oferece, afim de que aprendamos a compreender.

Recordemos: nos campos da convivência é preciso saber
suportar os outros para que sejamos suportados.
Se alguém surge como sendo um enigma em seu caminho,
isso quer dizer que você é igualmente um enigma para esse alguém.

Nunca diga que a amizade não existe; qual nos acontece,
cada amigo nosso tem suas limitações e se algo
conseguimos fazer em auxílio do próximo, nem sempre
logramos (conseguimos) fazer o máximo, de vez que somente Deus
consegue tudo em todos.

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a
estrada, ajude-os a ser livres para encontrarem a si mesmos,
tal qual deseja você a independência própria
para ser você, em qualquer lugar.

Quem valoriza a estima alheia, procura igualmente estimar.
Se você acredita que franqueza rude pode ajudar alguém,
observe o que ocorre com a planta a que você atire água fervente.

ANDRÉ LUIZ


Que essas palavras toquem vocês como me tocaram hoje à tarde. E que a paz de Jesus te envolva de imensa luz e calor fraterno.


Paz, Amor & Música!
Beijos e fiquem com Deus!

Nana

domingo, 25 de outubro de 2009

Telegrama - Zeca Baleiro


Sempre escuto na rádio Nova Brasil, a música “Telegrama” do cantor e compositor Zeca Baleiro. E esses dias como ando meio down, a música me chamou a atenção, principalmente essas duas frases: “eu tava triste, tristinho”, “eu tava só, sozinho”.

Fiquei pensando também na frase “mais sozinho que um Paulistano”. Esta é uma triste, mas é a mais pura realidade. Mesmo quem tem família na cidade de São Paulo, a maior parte do dia estamos sós. Ou indo para o trabalho, tanto o tempo que perdemos com o transporte público, como com o tempo que perdemos dentro do carro parados no trânsito caótico da cidade, ou no trabalho, concentrados na frente do computador, ou nas viagens de negócio ou em tantas outras circunstâncias. E para quem é solteiro então, após uma certa idade, sem uma galera para sair, sem uma companhia para se distrair.

Quem não tem um relacionamento a dois então é só solidão. Mesmo quem mora com a família, como é o meu caso, muitas vezes só nos vemos aos finais de semana, na hora do almoço, ou na hora no jantar, o resto do dia fico no quarto, na frente do computador, enlouquecida no MSN, Orkut, facebook, youtube e afins. Ou então na frente da televisão assistindo programas, filmes, esportes e a vida social onde fica? Não fica, é claro.

Será que a cidade de pedra nos leva a isso mesmo? O frio, a garoa de São Paulo, o corre-corre do dia a dia em busca do sustento ou em busca do lucro desenfreado distancia as pessoas? Será que tudo isso esfria os relacionamentos de amizade? Muitas vezes, até rola um convite, mas com o frio e a preguiça, preferimos continuar enlouquecidos em casa ao invés de fazer um programinha qualquer para aliviar a dor. Por isso nem tenho como questionar a frase de Zeca Baleiro.

Passei 15 dias em Salvador, desses 15 dias, 11 tivemos um programa, uma festa, um show, um cinema, um churrasco ou simplesmente um encontro com amigos para bater papo. E todas essas baladas com pessoas maduras, dos seus 35 anos para cima. Será que o sol, a praia e o mar são a energia natural que falta em São Paulo e que nos leva a uma outra forma de vida? Pior disso tudo é que São Paulo nos proporciona a melhor noite do país inteiro. Com uma gastronomia e diversidades de comidas típicas fantásticas, além dos shows, teatro, cinema, circuito alternativo com a melhor música independente, balada para todos as tribos, ou seja, temos tudo por aqui, o que quisermos e na hora que precisamos. Qualquer serviço é altamente qualificado, São Paulo é a cidade.

E porque somos tão sozinhos? Tô generalizando? Pode ser, pode ser que falo apenas por mim, mas o meu olhar para os paulistanos é essa mesma, a mesma de Zeca Baleiro.

Outra frase que acho intrigante, mas entendo é: “tava mais bobo do que banda de rock”. Não poderia concordar com isso justamente por tocar rock pop na banda Josie, mas, acredito que Zeca Baleiro tenha escrito esta frase devido a tal atitude rock and roll que uma banda tem que ter para agradar os teens e principalmente para render muito dinheiro para a indústria cultural. Para isso, é preciso ter estilo, pose, movimentos corporais estudados, cabelo esquisito, instrumentos irados etc e tal.

O importante é fixar o estilo e ser identificado por ele onde passa. Acho isto bacana, faz parte do show, mas eu não me encaixo nesta levada. Mesmo na época que era apenas baixista e bem novinha, não conseguia ter este comportamento rock and roll, o que sempre me destacou foi a técnica, o fato de ser mulher, pois nos anos 80 ainda era raro uma mulher tocando um instrumento e porque toco sentindo a música e assim viajo um pouquinho. Mas não tenho cabelo descolado, ao contrário, tenho um descabelado, não tenho tatuagens no corpo, nem piercing, no máximo uma roupinha mais moderninha, pero no mucho.

Agora é claro que quando vejo um vídeo da banda Josie, tento corrigir coisas que esteticamente não ficam legais como os ombros caídos, me deixando meio corcunda. Também ajeitei o modo de segurar a guitarra para ficar mais rock and roll e a posição dos pés quando estou com uma guitarra em punho. Meu pé ficava meio torto, virado para dentro e não era nada legal. Mas tudo isso é porque sou dona do meu nariz e não estou na mídia. Com certeza se um produtor mandasse, uma gravadora ou uma grande rede de televisão, eu também entraria nesta onda. Não posso enganar ninguém, mesmo não correndo muito atrás disso, meu sonho sempre foi fazer sucesso e viver única e exclusivamente da música.

Esta semana, inclusive, estava num ponto de ônibus na Avenida Santo Amaro e aí apareceram seis meninos, nos seus 16 anos, completamente produzidos e lindos, todos de óculos escuros, num estilo totalmente Zac Efron, ator teen do sucesso cinematográfico juvenil High School Musical, até o que tinha cabelos encaracolados, o corte era descolado e os cachos bem definidos e pensei: “Com certeza eles estão indo para o Disney Channel Brasil!” Sério! Não é possível tanta produção para apenas paquerar as menininhas na escola. O destino deles, certamente, era uma emissora de televisão.

Concluindo, o cantor Zeca Baleiro deve achar que uma banda de rock por toda esta produção, pelos pulos, pelas caras e bocas, pelos movimentos corporais e dos cabelos, pelas guitarras jogadas no chão, ou seja, que tudo não se passa de um grande circo armado, tanto é que o fechamento da frase é esta: “tava mais bobo que banda de rock, que um palhaço do circo vostok”.

Bom, mas a música não é só drama, pois ele recebe um telegrama dizendo que no mundo tem alguém que diz que muito lhe ama. E isso lhe deixa tão feliz que até beijar o português da padaria ele tem vontade. É isso mesmo, quando estamos felizes somos capazes de qualquer atitude, da mais singela até a mais insana.
Telegrama - Zeca Baleiro
Eu tava triste
Tristinho!
Mais sem graça
Que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só Sozinho!
Mais solitário
Que um paulistano
Que um canastrão
Na hora que cai o pano
Tava mais bôbo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok...
Mas ontem
Eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju
Ou do Alabama
Dizendo:Nêgo sinta-se feliz
Porque no mundoTem alguém que diz:
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,que tanto te ama!...
Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria...
Mama! Oh Mama!
Oh Mama!Quero ser seu!
Quero ser seu!Quero ser seu!
Quero ser seu papa!.



Beijos e tenham uma ótima semana!

Paz & Música
Nana