domingo, 1 de agosto de 2010

Nada como um dia de domingo ensolarado


A vida é boa sim, nós é que não sabemos valorizá-la. Esta semana estava brava, triste, angustiada, sem vontade de nada por conta das mazelas do dia a dia e do coração. Mas tento não me rebelar contra o mundo, tento entender o meu destino e seguir em frente. Mas, aí vem um dia ensoladado de domingo, dia de plantão e sou abençoada pela beleza e sutileza da mãe natureza. Nesta manhã (1º), ao acompanhar meu chefe na Festa das Cerejeiras no Parque no Carmo, em Itaquera, Zona Lesta da capital, tive a oportunidade de conhecer este cantinho da natureza, este pedacinho da imensa obra de Deus. Do outro lado da cidade, pois moro na Zona Sul, me emocionei ao entrar no parque, ao ver o imenso lago, ao ver a estrutura para o piquenique das famílias, ao ver as crianças jogando bola, ao ver aquele bando de gente fazendo alguma atividade física.

Ao me aproximar do bosque das Cerejeiras me senti como se estivesse num sonho bom, no paraíso, rodeada de árvores floridas, com tons de rosa claro, rosa escuro, ipês roxos, brancos e amarelos. Me emocionei até com a execução do Hino Nacional na cerimônia de abertura da festa, coisa que há muito tempo não acontece, justamente pela falta de entusiasmo que ando nos últimos tempos. E vamos falar a verdade, nesta Copa do Mundo na África do Sul, com uma seleção que conhecia apenas oito jogadores e com um técnico marrento no comando, nem o Hino Nacional conseguiu me arrancar lágrimas. Mas hoje não, fiz meu trabalho, mesmo sendo numa manhã de domingo onde geralmente estou dormindo, com muito entusiasmo, e agradeci pelas oportunidades que tenho e pelas coisas que posso aprender durante esta passagem por aqui e neste meu novo ofício.

Depois do trabalho cumprido, entrei no carro, liguei o rádio e ouvi Marina Lima no último volume. Cantei do Centro da cidade até minha casa em Santo Amaro com toda a força dos meus pulmões. Ao invés de seguir direto pela avenida 23 de maio, passei pela Paulista para sentir a cidade pulsando, para sentir a cidade viva, para me sentir livre, leve e solta e apesar dos pesares do mundo vou segurar mais esta barra.

Uma delas é: "Eu te amo você", composta por Kiko Zambianchi:

Acho que eu não sei não
Eu não queria dizer
Tô perdendo a razão
Quando a gente se vê

Mas tudo é tão difícil
Que eu não vejo a hora disso terminar
E virar só uma canção na minha guitarra

Eu te amo você
Já não dá pra esconder essa paixão
Eu queria te ver sentindo esse lance
Tirando os pés do chão, típico romance
Mas tudo é tão difícil
Que era mais fácil tentarmos esquecer
E virar mais uma ilusão nessa madrugada

Eu te amo você
Já não dá pra esconder essa paixão
Mas não quero viver
Te roubando o prazer da solidão
Eu te amo você
Não precisa dizer o mesmo não
Mas não quero te ver
Me roubando o prazer da solidão
(minha versão: o prazer de viver a vida)



32º Festa das Cerejeiras


A festa das Cerejeiras é um evento tradional da comunidade Japonesa e chegou na sua 32ª edição com 2.300 exemplares das espécies yukiwari, himalaia e okinawa, plantadas no parque do Carmo. A cerejeira (sakura) é a árvore símbolo do Japão e tornou-se a marca dos descendentes da comunidade nipônica que vive na região de Itaquera. Todos os anos essa comunidade pratica um ritual, conhecido como hanami, de sentar sob as cerejeiras e contemplá-las durante um bom período. O vento sopra as delicadas pétalas das flores fazendo com que elas se espalhem produzindo um belíssimo espetáculo da natureza, tal como acontece no Japão. A florada dura apenas alguns dias e esta data é a única oportunidade de conferir os caminhos formados pelas flores em tons de rosa.

Ao longo do dia, os freqüentadores do parque puderam apreciar as apresentações de dança folclórica, shows musicais, taikos (tambores japoneses), karaokê, ginástica rítmica e teve à disposição barracas de gastronomia típicas japonesas, como mandys, yakissoba e tempurá.
Paz & Música!
Uma boa e justa semana para todos!