sábado, 29 de agosto de 2009

Rita Lee and me - Amor para toda a vida


Prêmio Multishow 2009 homenageia
a rainha do rock Rita Lee Jones

Sei que a notícia está velha, porém, resolvi escrever este texto pois lembrei o quanto esta pessoa foi e é importante na minha vida, ou melhor, em todo meu processo musical e artístico. A cantora homenageada no Prêmio Multishow 2009, que ocorreu semana passada (18/08), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, comandado por Fernanda Torres, foi nada mais, nada menos que a Rainha do Rock, Rita Lee Jones.

A retrospectiva da carreira artística de Rita foi narrada por seu filho primogênito Beto Lee, que além de acompanhar a banda da cantora com sua virtuosa guitarra pretinho básico, apresenta o programa, Que Rock é Esse?, na própria multishow. A emoção tomou conta do evento quando sua neta, filha de Beto, entregou o troféu de homenagem à Rita Lee, que se jogou no chão, de brincadeira, é claro, como lhe é peculiar.

Para homenagear a trajetória musical da Rainha do Rock foi montada uma super banda, comandada por Gilberto Gil, Pitty, Dadi, João Barone, Liminha, entre tantos outros nomes da nossa MPB e um medley com vários sucessos da cantora foi interpretado com garra e emoção por todos eles. No final da homenagem, Rita subiu ao palco para agradecer e acabou fazendo a tradicional graça ao comentar sobre política e dizer que preferia sua parte em dinheiro para cobrir sua cirurgia no braço.
Rita Lee & Nana

Esta homenagem me emocionou muito. Não apenas por causa de Rita Lee, mas porque lembrei o que ela representou para mim nesses quase 30 anos que sou sua fã. Lembrei do que me entusiasmava, do que me fazia feliz, do sonho de adolescente, da alegria plena de viver.

Aos 12 anos, como já contei aqui no primeiro texto no blog, assisti na Rede Globo, a série: Os Grandes Nomes, especial Rita Lee Jones. A partir deste dia em novembro de 1980, a cantora passou a ser tudo para mim. Discos, shows, recortes de revistas e jornais, não falava de outra coisa. E não foi nada passageiro.

Era o tipo de fã que tinha que ter todos os discos, ir a todos os shows, chegar uma hora da tarde no Ginásio do Ibirapuera quando o show começava apenas às 20h. Loucura? De forma alguma, tinha que ficar lá na frente, cara a cara. Não era do tipo histérica, mas fazia questão de ficar o mais perto possível. Até hoje, aliás, se não consigo ingressos para a primeira fileira, ou próximo ao palco, nem vou.

Brigava com os amigos quando falavam mal de sua música ou a chamavam de maconheira. Não que não soubesse que a cantora consumia drogas, mas, não aceitava que falassem mal. Todos amigos, mesmo os de escola, continuam me associando ao nome de Rita Lee até hoje. Tanto é que, algumas amigas do Plínio Negrão me fizeram uma surpresa na turnê de 83. A Luciane, a Cecília e a Marília confeccioram uma faixa com um "Rita Lee te adoro", com símbolo do Corinthians e tudo mais, pois tanto a cantora como eu somos corintianas. No final, inclusive, jogamos a faixa para Rita, que agradeceu e brincou um pouco com a gente. A foto da faixa saiu até na revista Capricho da época.

No entanto, o mais importante disso tudo foi a influência musical.
O gosto pela guitarra distorcida, pelo rock e até mesmo pelo pop dos anos 80. Mas, minhas músicas preferidas continuam sendo do disco Fruto Proibido de 1975. Esse tal de Roque Enrow, Agora só falta você, Ovelha Negra, Luz Del Fuego, Fruto Proibido, Dançar para não Dançar, ou seja, todas do LP. Aliás, até hoje este álbum é considerado pelos especialistas como o melhor disco de Rock and Roll nacional de todos os tempos.

Sempre fui uma tiete platônica, não mandava cartas, não era do fã clube oficial, não fico na fila para entrar nos camarins para pedir
autógrafos, como ela mesma diz: “nada mais furado do que papo de tiete". Contudo, sempre foi um amor verdadeiro, não sapatice, mas, coisa que só quem é fã de alguém pode entender. No entanto, em 1995, no show” A Marca da Zorra “, no antigo Palace em Moema, tive a oportunidade de declarar meu amor eterno.

No final dos shows os fãs costumam levantar e ficam em pé na frente do palco. Neste dia, como já estava na primeira fileira, na mesa central, precisei apenas dar um passo e já estava encostada no palco. Quando ela se aproximou, segurei nas suas duas mãos com toda a força e declarei todo o meu amor de 15 anos. No calor da emoção disse mesmo: “Rita, eu te amo!” E o pior de tudo nesta história, é que comecei a chorar e não parava nunca mais. Ela continuou cantando e ficou me olhando, acho que pensou: “quem é essa maluca, que nem adolescente é mais e que não para de chorar?!” Esta maluca, realmente já foi bem espirocada e por causa dela. Quando era adolescente, tinha uma espontaneidade, uma alegria e loucura tão natural de viver que não sei onde foi parar. Quando fiquei adulta tudo isso desapareceu. No máximo, conseguia soltar os bichos, a louca que tem dentro de mim, dançando nas festas das Seguradoras com os amigos de trabalho e até hoje, quando estou no palco nos shows da banda Josie.
Entusiasmo

O que sempre foi natural para mim, hoje, passou a ser apenas uma representação, uma persona. O palco e uma pista de dança quando estou com os amigos securitáros são os únicos lugares que consigo mostrar minha essência. Uma pena! Como ando numa fase de muita reflexão, a homenagem que a Multishow fez para Rita Lee, na verdade me fez chorar aos prantos, pois estes dias estava justamente pensando em entusiasmo. Como ando sem entusiasmo e sem motivação. Traço objetivos e tento realizá-los de qualquer forma. Mas nenhuma meta no momento me traz a paixão necessária para me levar às nuvens. Nem minhas antigas paixões como o Corinthians, a própria Rita Lee e a música me trazem a adrenalina na medida para uma vida interessante.

Eu sei que ando meio assim sei lá o quê e que só falo como sinto falta do passado. Mas definitivamente sinto muita falta do meu entusiasmo juvenil. E mesmo da minha motivação em outras fases da vida. No momento, nada, nada, nada me levanta a moral. Faço porque que tenho que fazer. Por exemplo, Rita irá comemorar seus 40 anos de carreira no Credicard Hall, que fica praticamente ao lado de casa, em Outubro e nem me dei ao trabalho de pesquisar os valores do ingresso. E uma hora dessas, na primeira fileira como gosto, não deve ter mais e por mim, tudo bem!

Apesar, contudo, todavia, mas, porém, as águas vão rolar, não vou chorar, se por acaso morrer do coração, é sinal que amei demais, mas enquanto estou viva, cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz (Saúde – Rita Lee).

Será? Não sei!

Só sei de uma coisa, as mulheres mais importantes da minha vida são do signo de capricórnio, minha mãe, Dona Maria e Rita Lee. As duas me influenciaram completamente. O gosto pelas artes, cinema, leitura, o caráter e o dom musical, sim, Dona Maria é uma verdadeira cantora de samba canção, não digo que Ângela Maria ficaria no chinelo, mas seu potencial de voz é por aí. Não falarei da minha amiga capricorniada, Margarete, para não ficar convencida, rs.......

E VIVA SANTA RITA DE SAMPA – PARA SEMPRE RITA LEE

ENTUSIASMO, ONDE ESTÁ VOCÊ AGORA?
A vida sem entusiasmo é como um dia sem sol. É como queijo sem goiabada, Romeu sem Julieta, Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho, Futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola, Circo sem Palhaço, namoro sem abraço (Fico assim sem você -Claudinho e Buchecha) e por aí vai.


Beijos e fiquem com Deus!
Paz, Música & Amor!
Nana

2 comentários:

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  2. O entusiasmo voltou, graças a Deus! E devo isso para o grupo da escola que foi criado no facebook, obrigada, pessoal!!

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