domingo, 23 de agosto de 2009

Divã – Show de interpretação de Lília Cabral

Como ultimamente não ando indo ao cinema, nem shows, nem ao teatro, não porque não queira ou porque não gosto, muito pelo contrário, além de amar sair para comer, meus programas favoritos sempre foram esses, mas porque ando desanimada. Na verdade, ando numa fase meio esquisita, que pretendo sair em breve, pois em setembro estarei de férias, consequentemente viajo para Salvador e com certeza voltarei novinha em folha para sair por aí novamente.

Portanto, não assisti no cinema o grande sucesso Divã, peça de teatro que se transformou em filme, interpretado pela atriz Lília CabraL e visto por mais de dois milhões de espectadores no Brasil. Mas, ontem, aluguei o DVD na locadora do bairro. Confesso que ri muito em algumas cenas e chorei também na morte da amiga, contudo, não achei o filme tudo isso, não! Sem desmerecer o sucesso do longa e principalmente o show de interpretação de Lília, esperava muito mais do roteiro.

Talvez por nunca ter casado, não tenha sentido exatamente o que ela sentia e o que ela precisava. Só sei que pensei na parte do analista, da terapia. Andam me dizendo que preciso ir num psicólogo para me livrar das angústias e dos meus fantasmas. Confesso que resisto um pouco, pois tenho mania de querer resolver sozinha meus problemas, No entanto, entrei num processo muito louco e acredito que chegou a hora de procurar, ou pelo menos tentar ir num especialista de cuca, a minha não anda legal.

Já viajei por aí, já fui à baladas, dancei muito disco com os amigos nas festas de finais de ano das Seguradoras, já fiz quase tudo que poderia fazer como solteira. Claro que muita coisa tenho e gostaria de fazer, como ir para a Europa, conhecer o velho mundo, Itália, Paris, Espanha, Portugal, Grécia, lugares românticos, com muita história e muito vinho tinto. E, no Brasil, claro que ainda faltam muitas cidades que gostaria de conhecer. Adoro praia, montanha, o frio do Sul. Sim, ainda tenho muita coisa para conhecer.

Entretanto, acredito que o mais importante que tenho a fazer no momento é encontrar o equilíbrio espiritual, do meu corpo e da minha cabeça. Segundo, trabalhar não apenas para mim, mas fazer algo de útil para a sociedade, para quem precisa de pelo menos, uma palavra de consolo, um sorriso. Quanto tempo ficamos sem fazer nada? Em casa, nos lamentando,? E, no entanto, temos saúde para dar um pouco de alegria para quem não tem nada. Visitar um asilo, cantar para as pessoas da terceira idade, fazer um baile da saudade para eles, ou visitar um orfanato, um hospital. Não, imagina! Preferimos ficar em casa, reclamando da vida. Falta de tempo é que não é, temos o péssimo hábito de jogar toda a culpa no coitado do Senhor do tempo. Nada, temos é que ter vontade e aprender a administrar nosso tempo. Com certeza dá pra fazer muita coisa em 24 horas.

E, terceiro, no meio disso tudo, tenho também que voltar a sair, se não com os amigos, se não com um amor, se não para super baladas, pelo menos voltar a fazer o que gosto. Tenho desconto no Clube Folha, tenho convites gratuitos no TVA Vantagens, desconto no cinema de 50% numa rede de cartão de créditos, fora os tantos programas culturais gratuitos ou com preços acessíveis que a cidade oferece e que a gente nem imagina que têm. E hoje, tenho acesso fácil a esta programação. Com todas essas facilidades, é um desaforo ficar em casa sem fazer nada. Perdendo tempo, deixando a vida passar. Não tenho a companhia que queria? Fazer o quê? A vida é assim, nem sempre temos tudo que queremos, o que não podemos é deixar de viver por causa disso.

Neste frio então, a coisa fica preta, pois nem minha caminhada no Parque Severo Gomes, nem meus passeios de bike pelo bairro, nem minha hidratação com água de coco, nem minha tigela de açaí com granola, rola. Sol, ainda bem que estou indo ao seu encontro. E quando entrar setembro é pra Salvador que eu vou. Caso contrário é depressão total. Agora entendo um pouco os países que passam por invernos rigorosos e os índices de suicídio são altos. Que frio é esse que não passa mais?

Um analista não sei não, minha vida é um livro semi-aberto, conto tudo, para quase todo mundo. Agora, um psiquiatra, por causa da minha ansiedade, da síndrome do pânico, até acredito que ajudaria, só não queria ter que tomar mais um remédio. Já tomo tantos, por isso que continuo resistindo a tudo isso e o filme só me mostrou que análise não me ajudaria tanto. Ainda mais se ela for totalmente com métodos científicos e não tiver um pouco de espiritualidade no tratamento.

No próprio filme, no final, Mercedes, a personagem de Lília Cabral, se arrepende de ter deixado o marido, interpretado por José Mayer, ir embora. Porém, ela conseguiu se realizar no seu dom artístico, conseguiu se realizar profissionalmente, pois foi à luta, foi atrás dos seus sonhos e se tornou uma mulher feliz. A única pergunta que fica, a única coisa que me intrigou no filme, é porque não conseguimos conciliar nossos sonhos, nossas realizações com ter amigos, ser mãe, mulher e cuidar do marido? Porque para ser feliz numa coisa, temos que abdicar de outras?

Isso é mais imposição da sociedade, li esses dias mesmo, num livro psicografado, apenas não lembro qual, pois leio todos ao mesmo tempo agora, que os homens, pelo menos os mais evoluídos, sabem que casamento não é prisão, mas, na Terra, influenciados pelas paixões e regras humanas, se tornam verdadeiros déspotas, escravizando suas mulheres. Na lei do amor e da caridade que é o que Deus quer da gente, não cabe este pensamento, só porque se é casada, têm filhos é obrigada a abdicar de sonhos. No entanto, amigas casadas, sou solidária a vocês e sei que não é fácil romper com dogmas que estão neste mundo há séculos e séculos, ou melhor, desde o começo dos tempos.

E por isso, uma das frases de publicidade do filme Divã é: para mudar é preciso dar o primeiro passo. Digo também que, para mudar é preciso ter muita determinação coragem e disciplina. Apenas uma ressalva, as mulheres também precisam rever seus conceitos, não apenas com a submissão, mas com certos comportamentos de ciúmes e posse. Tem mulher que acha um absurdo o marido ir jogar futebol com os amigos, ou mesmo, curtir o esporte pela TV. Pelo amor de Deus, né mulherada? Deixem os coitados em paz e vá você também praticar um esporte e assistir aquele filme romântico com a amiga.

É........acho que por isso sou solteira......se é assim que tem que ser....é óbvio que dificilmente no meio em que vivo, onde a maioria dos amigos não são artistas, quem conseguiria continuar casado com uma vocalista de banda, que toca guitarra, contrabaixo, compõe, escreve num blog e é cercada por outros homens que integram o grupo musical? Entre outras coisas. Não, definitivamente este não é meu destino. Além da alma de artista, sou sagitariana, o signo da liberdade. Tenho muito amor pra dar, acho que duas pessoas devem ficar juntas para o apoio mútuo, para o crescimento espiritual e material, sempre com muito respeito, mas não queiram me prender no pé da mesa e fazer com que eu desista dos meus sonhos e objetivos.

Vem comigo, no caminho eu explico. (Cazuza)

Paz, Amor & Música

Tenham uma ótima semana!
Beijos e fiquem com Deus!
Nana

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