quinta-feira, 7 de março de 2013

Onde está a felicidade?





Há exatos dois anos ando sumida deste blog, mas, existe uma boa razão, ao invés de continuar aqui dividindo minhas angústias, mágoas, tristezas, ou seja, minhas mazelas, resolvi realmente agir e colocar em prática o que andava escrevendo em alguns textos postados por aqui sobre equilíbrio, reforma íntima e tal.

Afinal ninguém é obrigado a ler sobre os problemas alheios. Fiz um diário público e minha vida interessa para quem?? As pessoas querem se emocionar, querem alegria, reviver histórias, falar sobre temas interessantes, não ler o mesmo blá, blá, blá. Isso ninguém merece.

Sem contar que escrever para mim sempre foi uma forma de desabafar e tanto nas letras de música, como em textos, tenho mais inspiração quando estou sofrendo, principalmente as dores de amores. Andava também relatando muito sobre minhas angústias profissionais. Inclusive, até levei uma bronca de uma amiga querida, ela disse: “para quê se expor desta maneira?”. Portanto, sem sofrimentos e sem angústias, andava com pouco inspiração para escrever. Além disso, como há poucos comentários achei que ninguém lia meus posts e parei de vez.

No entanto, há alguns dias outra amiga disse que pesquisando um assunto no Google encontrou meu blog e disse que havia posts interessantes e que estou sempre me reinventando. Me senti bem com aquele comentário e resolvi dar uma olhada e pasmei, pois há textos com mais de seis mil visualizações. Tudo bem que quem o visualiza pode até não ter lido nada, mas muitos pelo menos sabem da existência do Nana em Minhas Mazelas, aliás, para mudar o conceito, estou pensando até em alterar o nome para Nana em Coisas da Vida.


Andei sumida também como comentei no começo do texto, pois estou melhor, mais equilibrada, pensei nas coisas que escrevia e num desses relatos comentei que para mantermos o equilíbrio quando não conseguimos algo que almejamos é só canalizar esta energia para outras atividades. No meu caso, que queria me livrar dos remédios fortes que tomava para a fibromialgia, a melhor forma foi começar tratamentos alternativos e, ainda em 2010, o pilates entrou fortemente na minha vida. Em nove meses a médica me liberou deste remédio que era composto por antidepressivo e por relaxante muscular. Mas não foi fácil, a cada vez que ela reduzia a dosagem do manipulado, me dava umas esquisitices na cabeça.

 
Um ano depois, mesmo com os músculos mais tonificados tive uma recaída e as dores voltaram, mas segui no alternativo firme e forte e comecei um tratamento homeopático e a acupuntura, um dos tratamentos mais eficazes para tratar a fibromialgia. Além disso, tentei lembrar de coisas que realmente gostava de fazer quando era criança, adolescente e lembrei dos patins e voltei a praticar esta atividade no Parque Ibirapuera. Intensifiquei também as pedaladas, pois nunca deixe de andar de bike, e hoje em dia ando mais de 15 quilômetros aos domingos na ciclofaixa de lazer da cidade de São Paulo, uma delícia.

E por incrível que pareça comecei a cozinhar e até que estou levando jeito para a coisa: risotos, canelone de ricota, escondidinho, salmão ao forno com molho de alcaparra e limão siciliano, sopa de mandioquinha, caldinho de feijão tortas, cuscuz de tapioca, tiramisù e assim vai. A Zona Cerealista é um dos meus locais preferidos hoje em dia, onde encontro especiarias e tudo que preciso para este nova atividade que estou desenvolvendo.

Nesses dois anos também conheci Porto de Galinhas e Jericoacoara e meu desejo de morar no Nordeste ainda é bem forte. Se não for para agora, com certeza será um projeto para a aposentadoria. O sol e o mar me renovam, necessito realmente desta fonte de energia para liberar a serotonina naturalmente. Tenho em mente a cidade de João Pessoa, segundo pesquisas na internet, a capital da Paraíba é considerada a segunda melhor cidade da América Latina para se viver na aposentadoria. Além de ter um Plano Diretor que não permite a construção de espigões na beira mar.

Também corri atrás de novos amigos, a vida social ainda não anda tão intensa, mas melhorou bem e é claro que ainda tenho lá meus conflitos internos, minhas angústias. Sinto muita falta dos meus amigos de infância, dos meus amigos da VVD, dos meus amigos de uma vida toda, mas estou realmente bem. Continuo meus estudos na Federação Espírita do Estado de São Paulo e agora só falta colocar a mão na massa num trabalho voluntário e retomar o Projeto Josie. Necessito urgentemente cantar, por mim mesma, sinto falta do palco, mas precisamos de um baixista, se alguém conhecer um para indicar, agradeço.

Concluindo, onde está a felicidade? Está dentro de nós, é uma busca contínua e solitária, não depende de ninguém, de um outro alguém, de amigos, da família. O convívio com as outras pessoas só acrescenta e colabora neste nosso processo evolutivo e como o próprio filme com o título deste texto, estrelado e produzido por Bruna Lombardi relata, não é necessário fazer o caminho sagrado de Santiago de Compostela para encontrar a paz interior e a felicidade. Encontramos onde estivermos, não é necessário templos, igrejas, sinagogas, nada, porém, é claro que a tranqüilidade que a beleza da natureza nos traz ajuda nesta busca por uma qualidade de vida melhor, pois é um relaxamento natural e a nossa mente, sem as preocupações do dia a dia, fica mais aberta para as reflexões profundas da alma.


Paz & Música
Nana


2 comentários:

  1. Naninha parabéns, adorei seu retorno,bjosss Bianca

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  2. Oi, Bianca!! Você sempre lendo meus textos e sempre tão gentil!! Beijos e saudades

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