quinta-feira, 21 de março de 2013

Chorão, um cara da minha geração



A notícia já está velha, já se passaram mais de 15 dias, mas, o intuito do texto não é comentar sobre a morte do vocalista da banda Charlie Brown Jr., e, sim, das pessoas da minha geração, aquelas que viveram e nasceram nos anos 60 e 70 e no qual, o Chorão fazia parte.

Até mesmo pela evolução do planeta Terra, por tudo que passamos e pela velocidade do desenvolvimento da tecnologia e das comunicações nos últimos anos, não amadurecemos como na época dos nossos pais, os tempos são outros  e tentamos estender a adolescência o máximo que podemos. Já comentei sobre isso neste blog e acho o máximo ter uma alma jovem o resto da vida (forever young), ser intenso ao viver, ter uma alegria de cantar, de dançar, de praticar atividades físicas, de encontrar com amigos, de viajar para novos lugares, de estudar, aprender coisas novas, ou seja, é importante sempre nos renovarmos, nos reinventarmos, é algo extremamente saudável.

O grande problema desta minha geração que não quer deixar a adolescência, e eu me incluo totalmente neste perfil, é que ela não entende que infelizmente com a idade o corpo começa a apresentar algumas limitações e não aguentamos mais as mesmas doses, as mesmas emoções, a mesma adrenalina, as mesmas manobras radicais. Por mais que continuemos com uma saúde de ferro, que pratiquemos esportes, atividades físicas, existe sim, limitações. Além disso, segundo especialistas, um infarto na faixa etária dos 40 aos 55 anos costuma ser fulminante justamente porque nossas veias ainda são bem esticadas e qualquer alteração pode rompê-las com mais facilidade do que quando somos idosos, período no qual elas ficam mais frouxas.

Sem querer ser careta, mas sendo, as drogas, o álcool, o cigarro, os remédios tarjas pretas (sem controle e cronograma médico), o excesso de comida, de refrigerantes e de doces afetam o nosso organismo de maneira nociva, podendo provocar algum problema de saúde sério e algumas vezes, infelizmente, a morte. Por exemplo, o remédio que tomava para o tratamento de fibromialgia, os antidepressivos amitriptilina e nortriptilina aumentaram o ritmo do meu batimento cardíaco e eu, que já sou ansiosa por natureza, já acordo com o coração batendo a 80 por minuto e qualquer coisa dispara e passa dos 100 batimentos por minuto, o que já é considerado taquicardia.

Imaginem se eu abusasse dos psicotrópicos e vivesse minha vida loucamente, a mil, meu coração seria uma verdadeira escola de samba. Talvez sobrevivesse como a Rita Lee sobreviveu, sim, ela é uma sobrevivente desta vida louca, louca vida, deste mundo artístico, do rock and roll, do mundo das celebridades, onde parece regra se drogar e viver no limite para fazer parte do meio.

Mas, isso pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer lugar, não só com os rocks e pops stars, e nem estou aqui dizendo que não é para fazer, estou apenas comentando que por mais que a nossa mente seja jovem, algumas coisas precisam ser feitas com mais moderação para não maltratarmos o nosso corpo, instrumento tão importante para o nosso processo evolutivo, para nossa jornada aqui pela Terra.

Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir (Lulu Santos). 

Sem excessos, com equilíbrio, alegria e sem viver uma pseudo felicidade.

Meu escritório é na praia, eu tô sempre na área, mas eu não sou da sua laia não.......... (Muita luz, ao eterno skatista e vocalista Chorão!)

Nota.: dependentes químicos são doentes e precisam de tratamentos, amor e compreensão. Este texto é apenas para aqueles eternos adolescentes que passam do limite esporadicamente.


Paz & Música!
Nana


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