domingo, 21 de junho de 2009

“Laços de Ternura” e “O Entardecer de uma Estrela” – Shirley Maclaine


Cinema e espiritualidade


No meu conceito, cinema quando não é comédia vale o quanto choro, o quanto me emociono. E não lembro de um filme que me fez chorar tanto como Laços de Ternura de 1983, com Shirley Maclaine, Jack Nicholson e Debra Winger. Assisti pela primeira vez no cinema, aos 14 anos e até hoje, toda vez que vejo, seja na televisão, em VHS e agora no DVD que faz parte da minha coleção de filmes dos anos 80, choro aos prantos.

Lembrei deste filme esses dias, pois vi na TV a continuação de 1996, O Entardecer de uma Estrela, e como estas histórias me tocam. Aurora Greenway, a personagem de Shirley Maclaine, é totalmente intensa, exagerada, tanto para as alegrias, como para o drama. Com certeza, esta magnífica interpretação foi o motivo que levou a atriz a ganhar o Oscar em 83, depois de outras quatro indicações em anos anteriores.

Ao todo, o filme Laços de Ternura recebeu cinco Oscars, inclusive de melhor filme. Fora outras cinco indicações, onde Debra Winger, minha queridinha dos anos 80, com sua atuação como Emma Horton, também foi indicada como melhor atriz, porém, perdeu a disputa para Shirley Maclaine, que interpretava na trama, sua mãe Aurora. No entanto, as duas mereciam ganhar o prêmio, pois tanto o papel de uma, como a da outra, nos levaram às lágrimas, soluços, risadas e muita emoções. O drama, apesar dos conflitos, da relação de amor e ódio entre mãe e filha e da doença que levou a personagem de Debra à morte, tem um toque de comédia extraordinário, peculiar ao estilo de interpretação de Shirley, que até atuou com Jerry Lewis nos anos 50, proporcionando cenas antológicas à sétima arte.

Sem contar a participação de Jack Nicholson na trama, com o personagem Garret Bredlove, o famoso astronauta que já havia pisado na lua, que completou as cenas cômicas com Aurora, o que lhe valeu o Oscar de melhor ator coadjuvante. Na continuação de 96, o drama e a comédia não ficaram para trás, ao invés de controlar a vida da filha, a nova motivação de Aurora era controlar a vida dos três netos, já adultos, que criou desde crianças após a morte de Emma. E sua intensidade permaneceu até o fim, passando por várias fases até chegar na sua morte, já em idade avançada, rodeada por todos os netos, bisnetos e amigos. Pois apesar do ódio que causava pelos seus excessos, sua ternura e amor superavam os sentimentos negativos. Por que no fundo toda a sua autenticidade ao se manifestar e ver as coisas da vida era para demonstrar única e exclusivamente, seu afeto.

Não pertenço à turma de cinéfilos cults dos filmes europeus. Não que eu não goste, pois vou ao cinema também apreciar esses roteiros, fotografias e tal, principalmente se sou convidada, open mind total. Mas, assim como na música, minha cultura e gosto pelas artes são pops. Mesmo contra o imperialismo americano, ninguém faz cinema melhor para entretenimento como em Hollywood, como ninguém faz novela melhor como a Rede Globo e, no entanto, também não morro de amores pelo poder da emissora. Contudo, penso desta forma e não tenho a menor pudor em falar isso.

Para quem é fã do filme Bete Balanço de 84, no qual a própria atriz que interpretou a personagem, Débora Bloch, tem vergonha de ser considerada ícone de uma época por causa do fraco roteiro da trama, não tenho moral nenhuma para falar de cinema. Mas adoro mesmo, me sinto a própria cantora com seu sonho de ser super star da música pop nacional (eu vejo grana, eu vejo dor). É um dos filmes, por mais bobo que seja, da minha vida.

Outros dois longas-metragens que amo de paixão e assisto vira e mexe, são os de John Travolta, Grease de 1978 e Embalos de Sábado à Noite de 1977. São dois roteiros fracos também, mas que marcaram épocas. Então, sou pop, pop e por mim, tudo bem. Aqui neste blog não estou na posição de especialista em nenhum assunto, a maioria dos textos, escrevo sobre as coisas que tocam meu coração.

Sempre me perdendo no foco, voltando à Shirley Maclaine, adoro seu trabalho como atriz, e além disso, tenho admiração também pelo seu trabalho como escritora, onde aborda assuntos místicos e espirituais. Li três livros da autora: Minhas Vidas, que virou seriado, Em Busca do Eu e Dançando na Luz. A primeira vez que ouvi falar em chakras (pontos de energia do corpo humano) foi em seus livros. Independente de religião, a atriz mostra o quanto é importante buscarmos este equilíbrio para nosso crescimento e evolução.

Mais uma vez escrevo sobre esses assuntos, mas aqui é para exemplificar que, uma celebridade, um artista renomado ou um intelectual que demonstre preocupação com o tema, ganha muito mais credibilidade do que quando falamos através de religião, onde muitos acham piegas ou ignorância. Portanto, no fim, a filosofia espiritual é a mesma, apenas abordada de outras formas.

Entretanto, tem o outro lado da moeda. Um artista falando sobre espiritualidade, sobre assuntos místicos, também pode, assim como Paulo Coelho, ser taxado de charlatão. Tudo bem! Pode ser que sim e pode ser que não. Todos nós sabemos que Paulo faz parte da indústria cultural e através dos seus Best Sellers ganha muito dinheiro, mas, apesar de tudo, ele também foi importante neste meu processo espiritual.

Esta história de me encontrar, de buscar meu eu interior começou depois que li o Alquimista, no começo dos anos 90. Neste livro de Paulo Coelho, li pela primeira vez sobre os Mensageiros de Deus, e de como é importante prestar atenção nos sinais que a vida nos lança para a busca da nossa Lenda Pessoal (dom, talento). Por isso, para mim, o que importa é uma hora chegar aos fins e para isso, sempre tem um começo. Iniciei lá trás, com Paulo Coelho, depois com Shirley Maclaine e Monica Buonfiglio, autora de Almas Gêmeas e Anjos Cabalísticos, para depois chegar, há dez anos, na filosofia de Allan Kardec.

E hoje, finalmente tento colocar em prática tudo que já li, freqüentando a Federação Espírita do Estado de São Paulo e aprendendo mais e mais através das palestras com pessoas altamente qualificadas, além das assistências, da reforma íntima que só depende de mim e das inspirações que recebo e, claro, continuando com as leituras edificantes. Também faço acupuntura, mas isso já têm exatos dez anos, pois meus chakras vivem desalinhados, mas minha enxaqueca aliviou bastante depois que iniciei o tratamento.
Tudo isso, para mim, é muito mais que religião, é uma filosofia de vida. É a ligação com Deus através de estudos filosóficos e científicos. E por isso escrevo tanto sobre o assunto, o que acho bom para a minha vida, gosto de disseminar e dividir com todos os interessados, e para quem, amo e quero bem.


Segue abaixo a frase inicial do capítulo 8, Meditando sobre os Chackas, do livro Em Busca do Eu, de Shirley MacLaine

“O amor transforma tudo que toca pois enquanto crescemos em sua luz aprendemos a amar e ser amados”



Numa próxima oportunidade escreverei um pouco sobre pelo menos os sete chakras primários, que são energias localizadas em sete pontos centrais do corpo humano.



Até a próxima!


Paz, Música & Amor
Fiquem com Deus!
Nana

2 comentários:

  1. Fanbtastico o teu texto, muito bom mesmo...vc escreve muito bem....me levou de volta ao passado...
    Bjs
    Luiz José

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  2. Obrigada Luiz! Este é o intuito do Blog, boas e sinceras lembranças.
    Beijos
    Nana

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